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Dia das Crianças No CEBEC

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O "Qualidade" Na TV

Teatro educativo

OS OLHOS DA COBRA
Teatro Educativo de Roberto Villani
Personagens:
Os caçadores:
BOLOTA – um caçador
JOCA – outro caçador
Os estudantes:
ANINHA – lider do grupo
PEDRINHO – menino tímido, é o único entre meninas
DOCINHO – menina muito graciosa
DEDÊ – menina durona, um tanto radical
Os animais:
CHOMOCO – um macaco
LILI – uma cadela
GRANDÃO – um leão
Cenário:
Um local dentro de um bosque, onde tem um riacho.
CENA 1
Entram Bolota e Joca. Dirigem-se à beira do riacho, colocam no chão as espingardas, os bornéis, as
sacolas e...
BOLOTA – Aqui tem, tenho absoluta certeza.
JOCA – Que tem, tem. Eu também tenho absoluta certeza.
BOLOTA – Então você concorda comigo, não?
JOCA – Não...
BOLOTA – (irritado): NÃO???
JOCA – Sim...
BOLOTA – Sim o quê?
JOCA – O que? Não...
BOLOTA – (irritado) Não estou entendendo nada, Joca!
JOCA – (fazendo que está irritado também): Nem eu, Bolota!
BOLOTA – Bolas!
JOCA – Duas!
BOLOTA – Que quer dizer com duas?
JOCA – Você disse ‘bolas!’. E eu reparti. Duas. Uma sua e uma minha.
BOLOTA – Você acaba de usar um cacófato.
JOCA – Você é quem está dizendo. Eu não usei absolutamente nada, meu caro Bolota. Chegamos aqui,
estamos tentando nos entender... Não tive tempo de usar nada. Além disso, eu nem trouxe esse negócio
para cá...
- 1 -
BOLOTA – Que negócio?
JOCA – Esse, que você falou. Cacó... Facacó...
BOLOTA – Cacófato?
JOCA – Isso.
BOLOTA – Meu Deus do Céu, como você é duro de entender as coisas! Cacófato é uma maneira errada
de se dizer coisas. Você disse: ‘Uma sua e uma minha.’ UMA MINHA é um cacófato.
JOCA – Por que?
BOLOTA – Porque você formou a palavra ‘maminha’. Entendeu?
JOCA – Entendi. Mas você ainda não disse o que aqui tem...
BOLOTA – Cobra.
JOCA – (tremendo) Cobra?! Eu tenho pavor de cobra, Bolota.
BOLOTA – Ora, deixe de ser bobo. Eu não tenho medo. E quando um não tem medo, o outro não corre
perigo...
JOCA – (mais calmo) Você tem certeza?
BOLOTA – Claro, Joca! Fique tranquilo e me ajude.
Bolota senta-se no tronco. Abre sua bolsa e começa a tirar coisas: tira uma toalha e a estende no chão. Joca
o ajuda a colocar sobre a toalha garrafa térmica, sanduiches, copos descartáveis, guardanapos de papel
etc...
JOCA – Nós viemos aqui para caçar ou para fazer piquenique ?
BOLOTA – Por que você pergunta isso?
JOCA – (com um gesto, indica a toalha cheia de coisas) O que você acha?
BOLOTA – A cobra que eu estou esperando pode demorar muito. Então, não devemos passar fome,
correto?
JOCA – Correto! Mas que diabo de cobra é essa?
BOLOTA – É rara. Tem olhos azuis... Linda!
JOCA – (romântico) É que nem a Ritinha. Olhos azuis... Linda!
BOLOTA – Eu estou falando de cobra, Joca.
JOCA – E eu estou falando de gata, Bolota.
Joca deita-se no chão e acomoda sua cabeça sobre sua bolsa.
BOLOTA – Que você está fazendo?
JOCA – (com ‘infantilizado’) Soninho...
BOLOTA – Você vai amassar tudo que tem na sua bolsa, Joca.
JOCA – Não vou, não.
BOLOTA – Como não? Está com a cabeça em cima da bolsa...
JOCA – Não vou amassar nada por que não tem nada para amassar. A bolsa está vazia.
BOLOTA – Vazia?!
JOCA – Por que o espanto?
BOLOTA – Você traz uma bolsa vazia? Pra que serve uma bolsa vazia, Joca? Pode me dizer?
JOCA – Posso, é claro!
BOLOTA – Então diga!
JOCA – Pra nada.
BOLOTA – Como, pra nada?
JOCA – Se estivesse cheia, seria pra tudo.
BOLOTA – E você traz uma bolsa pra nada?
JOCA – Sim. Já basta você que traz uma bolsa pra tudo. Eu sou muito prático.
BOLOTA – Tô vendo.
- 2 -
JOCA – E me deixa dormir.
BOLOTA – Você vei pra cá para dormir?
JOCA – A cobra não vai demorar?
BOLOTA – Possivelmente...
JOCA – Então? Eu sou prático, Bolota. (e se acomoda).
Bolota olha para um lado e para outro. Pensa um pouco e...
BOLOTA – Eu vou dar uma volta por aí. Quem sabe eu veja a cobra noutro lugar... (e sai de cena).
CENA 2
Aninha, Docinho, Dedê e o Pedrinho entram em cena. Docinho tem nas mãos um caderno e uma caneta.
Ainda não viram o Joca deitado perto do riacho. Estão preparando uma pesquisa escolar sobre plantas
silvestres...
ANINHA – (aproxima-se de uma planta) Vocês viram que planta interessante esta aqui?
DOCINHO – É para anotar, Aninha?
ANINHA – Espere. Vamos ver se ela é importante para a nossa pesquisa. O que você acha, Dedê?
DEDÊ – (examinando bem a planta) – Eu acho que é importante... Pelo menos, ela tem uma coloração
diferente. E você, Pedrinho? O que diz?
PEDRINHO – (olha para a planta...) Eu concordo com vocês.
DEDÊ – Não queremos burrinho de presépio na nossa pesquisa, Pedrinho. (Pedrinho fica encabulado).
ANINHA – Você precisa participar. Dar sua opinião sincera. Se responder só pra nos agradar, nossa
pesquisa não terá valor...
PEDRINHO – Está bem. (observa atentamente a planta...) Eu acho que Docinho deve anotar essa planta.
Além de tudo, ela é muito bonita.
DOCINHO – (anotando no caderno) Vou escrever tudo que eu vejo nessa planta. Suas folhas, seu caule,
flores...
ANINHA – Isso mesmo.
O grupo, agora, volta-se para outra planta... A Lili entra correndo em direção ao Joca e, ‘brecando’ bem
próximo do Joca...
LILI – (olhando para o Joca) Que coisa mais horrível!
DEDÊ – (sem olhar para a Lili) Ninguém pediu a sua opinião, Lili.
ANINHA – (sem olhar para a Lili) Por enquanto, estamos deste lado. Depois que virmos todas as plantas
deste lado, iremos para esse lado aí.
LILI – O que eu estou vendo não se parece nadinha com uma planta...
ANINHA – Então não interessa!
LILI – É um cara com cara de coisa. Mas como é feio!
PEDRINHO – (indicando outra planta) Aquela ali. Ela é bem bonita...
LILI – Oh coisa horrorosa!
DOCINHO – (sem olhar para a Lili) Alguém pediu a opinião da Lili?
DEDÊ – Eu já disse que não. Mas ela é uma cadela muito teimosa...
LILI – (para a platéia) Esse cara é tão feio que me dá vontade de dar um chute bem na bu...
ANINHA – (interrompe a Lili) Lili! Olha os modos!
LILI – (continua) ... dele! (e acerta um chute no traseiro do Joca).
JOCA – (acorda, assustado) Que droga é essa?
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LILI – Se você não sabe, quem vai saber?
JOCA – (põe-se de pé) Que você quer dizer?
LILI – Fácil. Olhe-se no espelho e me diga que droga é essa. Um cara que vem pra mata com uma
espingarda só pode ser uma bela droga, não acha?
JOCA – Pois eu concordo plenamente com você. O que um cara pode fazer numa mata com uma
espingarda?
DOCINHO – (sem olhar para a Lili) Lili, você acaba de usar um cacófato. Numa mata, mamata...
LILI – Mas não fui eu. Foi o seu droga.
JOCA – Joca.
LILI – Joca.
DEDÊ – Quem? (olha para trás...) Quem é esse cara? (os demais viram-se para o Joca)
JOCA – Joca, muito prazer.
LILI – A droga, prazer nenhum.
O grupo de estudantes aproxima-se de Joca e da Lili.
PEDRINHO – O senhor é um caçador?
JOCA – Não...
ANINHA – Essa espingarda é sua?
JOCA – Sim...
DEDÊ – E não é um caçador?
JOCA – Sim... Não...
LILI – Dá pra entender essa cara?
O GRUPO – Não.
JOCA – Olhem, eu posso explicar. Mas não aqui.
DOCINHO – Por que não aqui?
JOCA – É que eu tenho um amigo que pode chegar a qualquer momento...
ANINHA – Entendi. Tudo bem. Vamos para outro lado. Enquanto nós pesquisamos as plantas, o senhor
nos conta essa história doida. Certo?
JOCA – Certo.
E todos deixam a cena.
CENA 3
No instante em que os estudantes, Lili e o Joca deixam a cena, entram Grandão e Chomoco. Percebem a
toalha sobre o chão e as guloseimas sobre a mesma. Aproximam-se...
GRANDÃO – Veja, Muchoco, alguém deixou tudo isso aqui...
MUCHOCO – Deve ter fugido de alguma coisa... Não comeu nada...
GRANDÃO – Puxa, será que foi do Grandão que ele fugiu?
MUCHOCO – O leão?
GRANDÃO – É...
MUCHOCO – O rei da selva?
GRANDÃO – É...
MUCHOCO – Mas o leão Grandão, rei da selva, é você.
GRANDÃO – Ah, é mesmo. Eu tinha me esquecido...
MUCHOCO – Você me envergonha, Grandão. Ficou um rei covarde, mole, coisa nada... Tá na hora de
você assumir o seu posto de rei, amigo.
GRANDÃO – O que eu devo fazer?
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MUCHOCO – Proteger os animais. Proteger as matas. Proteger os rios, as cachoeiras...
GRANDÃO – Quem faz isso fica rei?
MUCHOCO – Qualquer um que defender verdadeiramente a Natureza, fica rei. Você precisa participar. O
que não dá é você ficar parado, sem fazer absolutamente nada, vendo a destruição do planeta acontecer.
Tenha dó, meu amigo.
GRANDÃO – Vou tentar ser rei. Você me ajuda?
MUCHOCO – Pode contar comigo. Eu me unindo a você já seremos dois no combate à violência contra a
Natureza.
CENA 4
O Grandão pega um sanduiche sobre a toalha e começa a comer. Retornam a Lili e o Joca.
JOCA – (vendo o Grandão comendo o sanduiche) Ei, você está comendo o meu sanduiche.
GRANDÃO – Como você sabe que esse é o seu sanduiche?
JOCA – Porque aí só tem dois. O outro é do meu amigo Bolota.
GRANDÃO – Como você sabe que o outro é do Bolota?
LILI – Deixa pra lá, Joca. É só um sanduiche.
MUCHOCO – Grandão, um rei não faria isso...
GRANDÃO – Isso, o quê?
MUCHOCO – Roubar um sanduiche.
GRANDÀO – Mas eu não roubei. Eu peguei, é diferente.
JOCA – Tudo bem, seu leão. Não me incomodo.
GRANDÃO – Agora eu não quero. (joga o sanduiche no chão).
LILI – Seu leão, que coisa feia.
GRANDÃO – Quando eu nasci, caí num pinico. Por isso eu sou feio.
LILI – Seu leão, coisa feia é jogar lixo no chão. Modéstia a parte, todo animal é bonito.
MUCHOCO – Grandão, rei não atira lixo no chão...
GRANDÃO – Oh, desculpe. (abaixa, pega o sanduiche e o joga no riacho).
JOCA – Piorou.
LILI – Vocë viu o que fez? Jogou lixo no riacho? Essa água vai para um rio. Esse rio vai para os
reservatórios. E os reservatórios mandam essa água para todas as casas...
GRANDÃO – Então eu pego o lixo da água do riacho e jogo aqui no chão, certo?
MUCHOCO – Errado!
GRANDÃO – Puxa, isso tá muito difícil. O que é que eu faço com o lixo?
MUCHOCO – Rei tem sempre uma lixeira preparada com saco plástico apropriado para lixo...
GRANDÃO – (Pega o sanduiche do riacho...) Tá bem. Vou lá em casa arrumar uma lixeira e colocar este
lixo nela. Com licença. (e sai)
LILI – Que beleza!
MUCHOCO – Conseguimos mais um rei. (olha para a platéia) Toda essa turminha aí já são reis... É ou não
é? (pede a resposta da platéia).
E todos deixam a cena.
CENA 5
Retorna o Bolota. Desanimado, senta-se sobre a toalha, apanha o outro sanduiche e começa a comer.
BOLOTA – Que droga! Onde será que a cobra de olhos azuis se escondeu. Ela tinha que aparecer. Cada
olho dela vale uma fortuna. Conheço uns macumbeiros que preparam amuletos com esses olhos. E pagam
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um bom dinheiro por eles. (começa, com abanos de mão, ‘espantar’ moscas). Como tem moscas neste
lugar. Coisa mais chata. (joga o resto do sanduiche no chão. Pega um copo descartável, serve-se de café na
garrafa térmica, bebe e joga o copo no chão. E continua espantando as moscas. Levanta-se, vai até uma
planta, arranca uns galhos com flores para usá-los como ‘espantador de moscas’. Pega uma latinha de
refrigerante dentro da bolsa, bebe e joga a latinha no riacho. Cada uso uma folha de guardanapo que, depois
de usado, é jogado no chão. Ao seu redor, lixo e mais lixo.)
O Joca retorna...
JOCA – Olá, Bolota! Não achou o par de olhos azuis?
BOLOTA – Infelizmente, ainda não. Mas vou encontrar. Eu sei que essa cobra vai passar por aqui, nesse
riacho aí. Eu tenho paciência...
JOCA – Pois eu achei um belo par de olhos azuis...
BOLOTA – (rindo) Os olhos azuis da Ritinha?
JOCA – Que Ritinha que nada! São bem maiores... Mais azuis...
BOLOTA – (Salta, ficando de pé) São os olhos da cobra! Eu sei que são. Grandes e bem azuis, são os
olhos da cobra. Diga-me, Joca, onde ela está? Fale, amigo.
JOCA – Calma, Bolota. Esse par de olhos vai passar por aqui.
BOLOTA – Como você sabe?
JOCA – Mistérios...
BOLOTA – Você não está brincando comigo, não é?
JOCA – De jeito nenhum.
BOLOTA – Vai ser desta vez, Joca. Eu vou ficar rico.
JOCA – Rico? Você? E eu, não entro nisso?
BOLOTA – Bem... Você vai ter uma parte... Eu tenho que agarrar essa cobra...
JOCA – Você vai matá-la?
BOLOTA – Em princípio, não. Só vou arrancar aqueles lindos olhos azuis...
JOCA – E para que?
BOLOTA – Não te interessa. Coisa minha. Ah, vai ser demais, amigo.
JOCA – Eu gostaria que você não me chamasse de amigo, Bolota.
BOLOTA – E por que?
JOCA – Qualquer pessoa que mata inutilmente um animal não pode ser meu amigo. Uma pessoa que
arranca flores de uma planta inutilmente não pode ser meu amigo. Uma pessoa que não respeita o chão onde
pisa nem a água de um rio não pode ser meu amigo. Uma pessoa mesquinha como você não pode ser meu
amigo.
BOLOTA – (irônico) Você acredita demais nesses papos de ecologistas. Você tem fé demais.
JOCA – Viu, agora quem usa cacófatos é você. Você, meu caro, FEDE MAIS.
BOLOTA – O que me interessa são os olhos azuis. Será que vem mesmo?
JOCA – Acredite, está mais perto do que pode imaginar. (retira-se)
CENA 6
Enquanto o Joca esconde-se atrás de uns arbustos, Bolota põe-se a olhar para o outro lado, como se
tentasse ver, ao longe, a bela cobra de olhos azuis. Os demais entram e procuram esconder-se atrás de
arbustos do cenário. O Grandão aproxima-se pelas costas do Bolota e...
GRANDÃO – Você está esperando os olhos da cobra, bestalhão?
BOLOTA – (dá um salto de tanto susto, vira-se para o Grandão e treme de medo) Sim... Isto é, não... Sei
lá, não sei.... Você é mesmo um leão?
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GRANDÃO – Um leão com dois imensos olhos bem azuis...
BOLOTA – Bem... Na verdade... São lindos mesmo. Azulões, não? (ameaça apanhar a espingarda no
chão...)
GRANDÃO – Eu não faria isso, amigo.
BOLOTA – (desiste da espingarda) Amigo? O senhor me chamou de amigo? Que bom, não?... (ameaça
fugir por um lado e é cercado por alguns personagens que estavam escondidos. Tenta por outro lado e a
mesma situação acontece. Fica no meio, entre a turma e o Grandão.) Que vocês querem comigo?
DEDÊ – Que você compreenda umas coisinhas, amigo.
BOLOTA – (sem graça) Amigo? Que bom, não?
ANINHA – Cuidar da Natureza, amigo, é cuidar do seu planeta, da terra onde você mora, da água que
você bebe.
PEDRINHO – Cuidar da Natureza, amigo, é defender os animais, procurando mantê-los em seus habitats
naturais e jamais matá-los por um estúpido prazer. Lembre-se, amigo, a coragem de um homem não está na
arma que ele porta.
DOCINHO – Cuidar da Natureza, amigo, é proteger as plantas, jamais permitindo que as destruam por
razões mesquinhas ou tolas. Assim como os românticos oferecem flores para homenagear as pessoas que
amam, Deus nos presenteia diariamente com plantas que nos dão flores.
MUCHOCO – Por isso, aprende de vez: não jogue lixo no chão. Use sempre uma lixeira apropriada.
LILI – Não jogue lixo nos mares, nos rios, nos lagos, nas cachoeiras... Aprenda que nos mares e nos rios há
vida. E peixe que, muitas vezes, vão parar no seu prato.
Bolota, cabisbaixo, começa a juntar todo o lixo que ele jogou no chão.
GRANDÃO – E uma coisa que não deve ser nunca esquecida: AO DESTRUIR A NATUREZA, VOCÊ
ESTARÁ DESTRUINDO O AMBIENTE ONDE HABITARÃO SEUS FILHOS, SEUS NETOS, SEUS
BISNETOS... VOCÊ NÃO ESTÁ PREOCUPADO COM ELES?
BOLOTA – E onde eu coloco este lixo?
JOCA – Na minha bolsa, amigo.
BOLOTA – Você me chamou de amigo... E me manda colocar o lixo na sua bolsa... Bolsa não é lixeira...
JOCA – Dentro da minha bolsa, eu trouxe um saco para lixo. Lembra que eu disse que era muito prático? E
que eu trouxe a minha bolsa pra nada? Prático porque eu trouxe saco para lixo, uma vez que não poderia
deixá-lo por aí. Bolsa pra nada porque lixo, amigo, é nada.
ANINHA – Embora possa voltar a ser tudo.
JOCA – Se reciclado, sim... Mas isso é uma outra estória.
O Bolota coloca todo o lixo no saco plástico da bolsa do Joca. Os demais, demonstrando muita alegria,
reunem-se no centro do cenário.
DEDÊ – Majestade, quais são as suas ordens?
GRANDÃO – Em primeiro lugar, ajudem-se a tirar essas lentes de contato azuis, pois meus grandes olhos
não aguentam mais.
LILI – (enquanto o grupo cerca o Grandão para tirar-lhe as lentes de contato) E em segundo lugar?
GRANDÃO – Vamos comemorar este lindo momento em que nós pudemos apresentar pontos importantes
sobre a defesa da Natureza. E até a próxima, pessoal!
E todos, numa grande integração, cantam e dançam com muita alegria.
F I M
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IMPORTANTE: O AUTOR SOLICITA AOS RESPONSÁVEIS POR EVENTUAIS
APRESENTAÇÕES DESTA PEÇA QUE JAMAIS UTILIZEM MÚSICAS CONSIDERADAS
NEGATIVAS À EDUCAÇÃO INFANTIL, TAIS COMO ‘É O TCHAM’, ‘NA BOQUINHA DA
GARRAFA’ ETC.
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