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Dia das Crianças No CEBEC

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Teatro Educativo

TERV – TEATRO EDUCATIVO DE ROBERTO VILLANI
O MESTRE
de Roberto Villani
ATO ÚNICO
Um toque de campainha anuncia o início de uma aula. Imediatamente,
os alunos entram no palco, descontraídos, alegres, conversando.
E formam grupos em vários pontos do espaço cênico. Pouco depois,
Aparece o 1° PROFESSOR, cuja presença promove o silêncio geral.
Os alunos permanecem em seus lugares, isto é, em grupos.
1° PROFESSOR – (informal, dirige-se principalmente à platéia): Meus caros alunos, como
vocês sabem, hoje é o Dia do Professor. Assim, eu vou contar para vocês a história da arte
de ensinar, que é tão velha quanto a própria humanidade. (pequena pausa) A necessidade de
ensinar e aprender é própria do homem desde a sua origem. Um dia, por exemplo, ele
descobriu que, com peles de animais, poderia proteger seu corpo. Aí, ele ensinou aos outros
da sua espécie. Descobriu, também, que lascando a pedra poderia construir utensílios. E com
o fogo, afugentava os animais, preparava seus alimentos e se aquecia. O homem, já naqueles
priscos tempos, aprendia com suas descobertas e ensinava, sem avaliar a importância do
seu trabalho.
EXPRESSÃO CORPORAL N° 1
1o) ouve-se u’a música com aspecto eletrônico;
2o) um dos grupos aproxima-se da frente do palco e, com gestos
mímicos e movimentos corporais, caracteriza:
a) descoberta da vestimenta;
b) descoberta da pedra lascada como utensílio;
c) descoberta do fogo.
OBS: É importante a expressão de “descobrir e ensinar” aos demais.
3o) desliga-se a música de fundo, após as expressões;
4o) o grupo retorna ao seu lugar de origem, no palco.
Enquanto o 1o PROFESSOR une-se ao grupo que acabou de apresentar
A expressão corporal, o 2o PROFESSOR destaca-se e caminha em direção
À frente do palco.
2o PROFESSOR – (da mesma maneira que o anterior): Nas sociedades antigas, o homem
era preparado, pelo que podemos chamar de escola, para a guerra. Desde criança, ele
exercitava os músculos, adestrando-os para o combate aos inimigos. Assim, a Educação
Física era importante na educação dos povos antigos, principalmente entre os hebreus,
chineses e espartanos. Mas, apesar do espectro da guerra, os mestres preparavam a defesa
da liberdade e dos direitos humanos.
EXPRESSÃO CORPORAL N° 2
1o) ouve-se u’a marcha militar;
- 1 -
2o) um segundo grupo (só de meninos) destaca-se e coloca-se
na parte central do palco;
3o) seus componentes, de maneira uniforme, caracterizam, com gestos
mímicos e movimentos mecânicos:
a) exercícios físicos;
b) combate ao inimigo (guerra);
4o) desliga-se a música, tão logo a expressão tenha terminado;
5o) o grupo retorna ao seu lugar de origem, no palco, ao qual
se junta o 2o PROFESSOR.
6o) E o 3o PROFESSOR dirige-se à frente do palco.
3o PROFESSOR (sempre informal, falando à platéia): O homem sempre viveu em sociedade,
em grupos. E é parte da criação da Natureza. Para sobreviver, ele precisa dos semelhantes e
de respeitar as Leis Naturais. Mas nem sempre ele aprendeu essa verdade. Um dia, surgiu,
na escola do mundo, o mestre maior: Jesus Cristo. Foi Ele quem nos ensinou o amor a Deus
e aos nossos semelhantes. E foi crucificado distribuindo amor e sabedoria.
EXPRESSÃO CORPORAL N° 3
1o) ouve-se u’a música com solo de órgão, sacra;
2o) o 3o PROFESSOR caminha em direção ao meio do palco, colocando-se
de frente para a platéia;
3o) um terceiro grupo movimenta-se, colocando-se da seguinte maneira:
a) dois alunos colocam-se, um diante do outro,
à frente do 3o PROFESSOR;
b) quatro alunos colocam-se, dois à direita e dois à esquerda,
ao lado do 3o PROFESSOR;
c) os dois últimos alunos colocam-se, um diante do outro,
atrás do 3o PROFESSOR (completando uma cruz humana).
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4o) Quando a cruz estiver formada, faz-se o seguinte:
a) lentamente, todos os alunos que estão no palco ajoelham-se, com exceção
do 3o PROFESSOR;
b) este, de pé, abre os braços em forma de cruz e deixa tombar a cabeça (a
crucificação de Cristo).
5o) desliga-se a música a seguir;
6o) o grupo (da cruz) , já de pé, retorna ao seu lugar de origem no palco,
ao qual se junta o 3o PROFESSOR.
7o) Enquanto os demais alunos voltam a posição inicial no palco, o 4o PROFESSOR
coloca-se à frente do palco.
4o PROFESSOR (falando à platéia): Na Idade Média, a Igreja manifestou grande influência na
educação. Dos conventos surgiram homens que ensinavam. Sacerdotes preparavam os
jovens em esgrima, caça, tiro ao alvo e poesia. Mais tarde, após as reformas religiosas do
século XI, apareceram as escolas das catedrais, onde os jovens eram iniciados nas artes
liberais.
- 2 -
EXPRESSÃO CORPORAL N° 4
1o) ouve-se u’a música de época;
2o) outro grupo se destaca, aproximando-se do centro do palco;
3o) com gestos mímicos e movimentos corporais mecânicos, os integrantes
do grupo caracterizam:
a) atos de caçar;
b) atos de esgrimar;
c) atos de ler (poesia);
d) atos de pintar e esculpir.
4o) Tão logo esteja terminada a expressa, desliga-se a música;
5o) o grupo retorna ao seu lugar de origem no palco, ao qual se junta
o 4o PROFESSOR.
Surgem, então, diante da platéia, o 5o, o 6o e o 7o PROFESSORES.
E se colocam, no palco, lado a lado.
5o PROFESSOR – No Brasil, deve-se aos jesuitas os primeiros passos na educação.
Ensinavam os índios e os colonos e criavam escolas. Foram os precursores do processo
educacional que hoje promove a nossa amada Nação junto às grandes potências do mundo.
6o PROFESSOR - Mas foi na Alemanha, em 1565, que surgiram as primeiras escolas
públicas. Pouco tempo depois, em 1619, um decreto obrigava todo o povo a estudar.
7o PROFESSOR – As universidades surgiram, os mestres aperfeiçoaram-se, a vida
enriqueceu-se de verdades, de saber. O século XX herdou, então, o tesouro legado pelos
gênios filósofos que introduziram os métodos educacionais. Assim, o professor ocupa, hoje, a
maior função humana: preparar o homem para o futuro. (COMEÇA, EM TOM DE FUNDO,
MÚSICA SUAVE – O 7o PROFESSOR CAMINHA UM POUCO, EM SILÊNCIO. DEPOIS,
COM VOZ FIRME...) Mas, afinal, quem é você Mestre querido?
A música continua. Um a um, os alunos indicados para esta parte
colocam-se diante do palco e falam à platéia:
ALUNO/A – Mestre, quem é você que esconde o rosto entre as mãos, no instante em que
arranca os véus da ignorância alheia?
ALUNO/B – Mestre, quem é você que se oculta na multidão e foge das luzes da glória, no
instante em que promove tantas vitórias?
ALUNO/C – Mestre, quem é você que renuncia os lazeres da vida, no instante em que
desperta nos pequenos a alegria do brinquedo?
ALUNO/D – Mestre, quem é você que enxuga as próprias lágrimas no instante em que produz
tantos sorrisos?
ALUNO/E – Mestre, quem é você que distribui aplausos no instante em que o espetáculo é
teu?
ALUNO/F – Mestre, quem é você que oferece o corpo e a alma para alimentar aqueles que
têm fome do saber?
- 3 -
ALUNO/G – Mestre, quem é você que nos ensina bondade e amor no instante em que pedras
dificultam seus caminhos?
ALUNO/H – Mestre, quem é você que, escravo dos próprios deveres, promove a libertação
dos direitos humanos?
Então, sempre com a mesma música de fundo, o MESTRE destaca-se
Do grupo e, com voz firme e compassada...
MESTRE – Eu sou o amor e o saber.
Através da minha palavra, você e seus companheiros aprendem a viver.
Eu sou o complemento de seus pais e a esperança dos seus futuros filhos.
É comigo que vocês aprendem a amar o semelhante e a ensiná-lo também.
Eu sou a luz e a verdade.
Eu sou o caminho certo.
Eu sou cada um de vocês, sem que, muitas vezes, vocês sejam um pouco de mim.
Eu sou a paz e a liberdade.
Eu sou apóstolo de Deus, que procura formar cada um de vocês em toda a
extensão da perfeição
humana.
Eu sou a raiz que, oculta sob a terra, fornece ao espaço livre o alimento para a
sobrevivência
Das sociedades humanas.
Eu sou a expressão do Universo, sem a qual nem a mais importante verdade teria
razões de
existir.
Dois outros alunos, colocando-se ao lado do MESTRE, falam em tom de oração:
ALUNI/I – Senhor, ele não se importa se seu nome não ocupa os luminosos das estrelas. Ele
não se importa se os monumentos não são erguidos com sua imagem. Não se importa se o
esquecimento do seu trabalho seja fruto do sucesso daqueles que aprenderam com ele...
ALUNO/J – Senhor, ele é como Tu, que distribui o pão mesmo sabendo que dele não comerá.
Eu Te imploro, Senhor, não o abandones, nunca. Não se esqueça, Senhor: quando lhe deste a
missão de ensinar, fizeste dele um pouco de Ti.
Desliga-se a música e, lentamente, em silêncio, todos deixam o palco.
F I M
Nota: este texto pode ser apresentado em ambientes escolares, livremente, sem pagamentos
de taxas a título de Direitos Autorais. Trata-se de texto didático.
A única exigência do Autor é que, ao ser apresentado, seja divulgada à platéia a importância
do Teatro Educativo na formação integral da criança.
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