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Dia das Crianças No CEBEC

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O "Qualidade" Na TV

Teatro Educativo

POR CAUSA DA INDEPENDÊNCIA...
Texto didático de Roberto Villani
ATO ÚNICO Ritinha está vendo televisão e, de repente ,
adormece. Passa um pouquinho de tempo e a dona
coruja empalhada, começa a falar.
DONA CORUJA- ( batendo as asas): Pois eu gostaria de saber quem me tirou lá no Amazonas!
RITINHA- (acordando): Que sono danado. (boceja) Que preguiça...
DONA CORUJA- Pois no lugar de você ficar aí dormindo...
RITINHA- (assusta-se): Que aconteceu? ué, você estava empalhada...
DONA CORUJA- Pois eu quero saber quem me tirou do meu querido amazonas!
RITINHA- Garanto que eu não fui. Você é muito velha. Papai disse que ganhou você há muitos anos...
DONA CORUJA- Pois vá perguntar a seu pai, ora!
RITINHA- Porque você mesma não pergunta?
DONA CORUJA- Que horas são?
RITINHA- (olhando para o relógio): Mais de meia noite... Puxa, como é tarde!
DONA CORUJA- Hora de menina de sua idade estar na cama. Vá atender á porta!
Ritinha, hesitante, procura aproximar-se da porta. Depois, decidida, abre a porta,
quando entram, sem pedir licença D. Pedro I, Tiradentes, José Bonifácio e o Marechal Deodoro da Fonseca. D. Pedro mostra-se
irritadíssimo.
D. PEDRO- ( invadindo a sala): Não precisa demorar tanto para nos atender, menina! (voltando-se para os outros visitantes):
Desculpem-me senhores, mas eu acho que não posso aceitar as suas opiniões.
TIRADENTES- Mas, majestade! A própria historia...
JOSÉ BONIFÁCIO- Majestade, o senhor não deve esquecer a participação de todos nós.
MARECHAL DEODORO- Ora, ora, senhores! Tudo partiu de mim...
RITINHA- ( com as mãos na cintura): Os senhores pode me dizer o que significa tudo isso?
DONA CORUJA- Tenha cuidado, menina!
D. PEDRO- Tudo isso, o que ?
RITINHA- Entram na minha casa. Não se apresentam. E falam tão alto que quase me põe surda...
TIRADENTES- Oh, desculpe-nos senhorita. Sou Joaquim José da Silva Xavier. Chamam-me de Tiradentes.
D. PEDRO- (meio encabulado): Bem... Eu sou D. Pedro I.
MARECHAL DEODORO- Muito prazer! Sou o proclamador da Republica do Brasil. Marechal Deodoro da Fonseca.
JOSÉ BONIFÁCIO – José Bonifácio de Andrade e Silva. Encantado!
RITINHA- Puxa, que bacana! Nunca pensei! Em falar com vocês, um dia
DONA CORUJA- Tudo é possível, Ritinha. Tudo é possível.
RITINHA- Tem razão, dona Coruja. ( para os outros): Mas, porque vocês discutem tanto?
D. PEDRO- Cada um de nós procura provar... Eu não me conformo! Todo esse progresso de hoje... O Brasil deve isso a mim. Eu gritei
“independência ou morte”!
RITINHA- Ah, então é isso? Cada um quer provar que o seu trabalho foi o mais importante para o progresso do Brasil, não?
DONA CORUJA- Você acertou, Ritinha.
D. PEDRO- O pior é que não chegamos a uma conclusão...
RITINHA- Pois eu vou ajudá-los.
TIRADENTES- Como?
DONA CORUJA- Ritinha será uma espécie de Juiz.
JOSÉ BONIFACIO- Ótimo! E que devemos fazer ?
RITINHA- Muito fácil. Cada um deve dizer o que fez de importante. Comecemos por D.Pedro.
D. PEDRO- ( senta-se), A idéia da coruja foi muito boa...
DONA CORUJA- Dona Coruja, por favor. Já sou uma senhora, embora apareço muito jovem... ( dá uma ajeitada nos “cabelos”) .
D. PEDRO- Pois bem... Como todos sabem, eu sou português de nascimento e brasileiro de coração. Como regente no Brasil, achei que
os brasileiros tinham razões para a independência. Assim, no dia 7 de setembro de 1822, proclamei a independência. No alto do
ipiranga. E para garantir essa independência, tive que enfrentar inúmeras guerras para a consolidação da liberdade. Na Bahia, em
Pernambuco, etc.
TIRADENTES- Eu fui o chefe da inconfidência Mineira,
Alguns anos antes da sua Majestade proclamar a Independência. Eu e meus
companheiros. Lá em vila Rica, na capitania das Minas Gerais, não nos conformávamos com muitas coisas erradas no Brasil... A
escravidão dos negros, as cobranças absurdas de impostos... O objetivo principal na nossa Independência era libertar o Brasil.
D.PEDRO- ( intrometendo-se): Não deu certo. Foram todos presos.
DONA CORUJA- Engana-se, Majestade. A Inconfidência Mineira e o sacrifício de Tiradentes e seus companheiros plantaram a semente
da Liberdade.
RITINHA- Muito bem. Agora, o senhor José Bonifacio.
JOSÉ BONIFÁCIO- ( caminha até a janela): É bom rever este céu azul, livre, onde os pássaros constróem seus ninhos e ensinam seus
filhotes a voar com liberdade. Céu da minha terra de nascimento, a cidade de Santos...
( volta-se para os outros): Em 1820, depois de ter exercido importantes cargos em Portugal, voltei ao Brasil como conselheiro de sua
Majestade. Aí, comei a alimentar, entre os Brasileiros, a idéia de libertação. No ministério, aconselhei D. LEOPOLDINA a enviar a
D.PEDRO I, seu esposo que andava por São Paulo, certa carta vinda de Portugal. Foi o passo decisivo para a Independência.
RITINHA- Ótimo. Agora, o Marechal.
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MARECHAL DEODORO- Confesso que nada tive a ver com a Independência.
Porém, o meu trabalho foi de disciplinar o povo Brasileiro pela organização de um governo Brasileiro e
Democrático. Eu proclamei a Republica!
DONA CORUJA- Pois eu quero saber quem me tirou do Amazonas” Eu estava tão bem lá...
RITINHA- Depois eu vejo isso, Dona Coruja. Eu prometo.
TIRADENTES- Então, o que acha? Qual de nós é o mais importante?
RITINHA- ( caminha um pouco, pensativa. Depois....): Eu acho que todos são importantes, igualmente!
RITINHA- Exato! E mais, senhores. Os senhores deram grandes passos na história, mas muita gente ajudou-os para isso. Se não,
vejam: Hoje nós temos Brasília como a Capital do País e é considerada uma das mais belas cidades do mundo...
DONA CORUJA- Temos a Transzamazonica, grande marco do progresso Brasileiro... AH, o meu Amazonas!...
TIRADENTES- É isso mesmo. Temos a soberania do mar, as duzentas milhas marítimas...
JOSE BONIFACIO- Até na educação há uma explicação de progresso. Nunca se viu tantas escolas e tanta gente estudando.
D. PEDRO- Você estava vendo televisão a cores, menina?
RITINHA- Não, Majestade. Ainda não. Mas já temos no Brasil a televisão a cores, como nas cidades mais avançadas do mundo.
Bacana, não acham? Pois é, tudo isso, estradas, hospitais, comunicação, industrias e tantas coisas maravilhosas devemos
aos homens de ontem e de hoje. Tudo por causa da independência.
D. PEDRO- Tem razão, menina. Cada homem, rico ou pobre, branco ou preto, brasileiro ou estrangeiro que viveu ou vive neste
abençoado chão, deu ou dá sua contribuição ao Brasil de hoje, Parabéns, você nos convenceu.
MARECHAL DEODORO- Já é tarde. Nós já vamos, senhorita. Até outra vez!
Todos os visitantes saem, cumprimentando a Ritinha. Ela, então, espreguiça-se e torna a
encostar-se no sofá, adormecendo. Depois de alguns segundos...
RITINHA- (acordando): Chi!, Dona Coruja! Eu havia prometido á senhora... ( olha atentamente para a coruja): Claro, ela é uma coruja
empalhada... (espanta-se). Será que eu sonhei com tudo isso? Bem, o jeito é ir para o meu quarto e dormir. Amanha preciso
apresentar, no colégio, um trabalho sobre avinda dos restos mortais de D. PEDRO para o Brasil. Tenho que levantar bem cedo para
preparar esse trabalho. ( olha para cima): Ei, Majestade! Vou fazer um trabalho bem bacana... Bem, eu espero! ( e sai para o quarto).
FIM
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