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Dia das Crianças No CEBEC

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O "Qualidade" Na TV

Teatro Educativo

TERV – TEATRO EDUCATIVO DE ROBERTO VILLANI
O NOSSO MAIS QUERIDO AMOR
de Roberto Villani
CENÁRIO: LOCAL DE FESTAS DA ESCOLA.
PERSONAGENS:
LUCIA, SIMONE E MARTA – três colegiais
Estão em cena Lúcia e Simone. Preocupadas, entre livros e cadernos, comentam seus problemas.
LÚCIA – Eu não sei nem como começar.
SIMONE – Nem eu. Não é nada fácil.
LÚCIA – Mas a professora acha que é tudo muito fácil...
SIMONE – Claro, pra ela tudo é fácil. É só mandar... Mandar é fácil.
LÚCIA – Por que ela não faz? Por que nós?
SIMONE – Ora, Lúcia! Nós somos as alunas, né?
LÚCIA – Mesmo assim...
SIMONE – O problema é que a nossa classe é bem grande. Mas ela teve que escolher nós três.
LÚCIA – É mesmo! A Marta também está no grupo... Onde será que ela se meteu?
SIMONE – Não tenho a menor idéia. Ela é sempre do contra. Aposto que não vai participar.
LÚCIA – Que chato! Puxa, bem que a gente podia estar noutra melhor. (pequena pausa)
Entra a Marta. Triste, com certo desânimo, senta-se no chão. Em silêncio.
SIMONE – Olha a cara dela, Lúcia! Até parece que morreu alguém.
LÚCIA (caçoando) – Podemos saber de quem é o velório? (Marta continua em silêncio): A fossa tá violenta,
Simone.
SIMONE – Pior pra nós duas. Aliás, pro nosso grupo.
LÚCIA – Formamos um trio de duas... (ri)
MARTA – Será que vocês poderiam me deixar em paz?
SIMONE – Ah, sim! A madame quer paz. E nós queremos ajuda. Temos uma obrigação, queridinha. Um trabalho
em grupo, entendeu? Em grupo!
LÚCIA – Um momentinho. Marta, você sabe o que é trabalho em grupo?
MARTA – Claro que sei.
LÚCIA – Não, não sabe. Se você soubesse, estaria esquentando a cabeça junto com a gente.
SIMONE – Pois é. No entant o, fica aí curtindo uma pior. E a gente?
MARTA – Está certo. Eu vou explicar porque estou triste.
LÚCIA – Acho bom.
MARTA – Eu tentei preparar alguma coisa para nós... Não consegui... Parece tão difícil...
LÚCIA – E é difícil. Por isso estamos muito irritadas com a professora.
MARTA – Ela não fez nada de errado. Ela só pediu um trabalho, como qualquer outro.
SIMONE – Mas por que nós três? Com tantas alunas na classe...
MARTA – Eu me sinto orgulhosa de ser uma das três escolhidas. Para mim, é um privilégio.
LÚCIA – Por que, então, ela não dá umas idéias?
MARTA – Eu acho que professora é como uma mãe, uma segunda mãe. Se ela nos obriga a fazermos alguma
coisa é porque ela quer que a gente aprenda. É para o nosso bem.
SIMONE – Tudo bem. Gostei do seu comentário. Mas isso não justifica a sua desculpa.
MARTA – Desculpa? Que desculpa?
SIMONE – Você acabou de nos dizer que tentou fazer alguma coisa...
LÚCIA – E disse que não conseguiu. Desculpe, queridinha, mas não colou.
MARTA – Eu estou com vocês. Infelizmente, não sei como ajudar.
SIMONE – Por favor, Marta. Que caretice! Então você acha que nós vamos acreditar nesse papo de ‘eu tentei’, ‘
não consegui...’?
- 1 -
MARTA – Está bem. Vocês querem provas? (apanha um pedaço de papel na bolsa e o entraga à Lúcia) Leia. Foi
a primeira tentativa.
LÚCIA (começa a ler) – “Querida Professora. É minha intenção prestar uma homenagem para a senhora. Eu sei
que a senhora também é mãe e... (Lúcia começa a rir e pára de ler) Marta, nós temos que preparar uma
homenagem para o dia das mães.
SIMONE (rindo) – O dia dos professores está longe, menina.
MARTA – Eu sei, desculpem. Essa foi a primeira tentativa... (apanha outro papel na bolsa e o entraga para a
Simone) Esta foi a Segunda tentativa. Leia, por favor.
SIMONE (segurando o riso) – Devo ler rindo ou chorando?
LÚCIA – Vá, Simone. Leia.
SIMONE (lê) – “Esta é a minha homenagem a você, que me pegou no colo, me levou a passeios... Eu a amo,
vovó... (ri bastante) Simplesmente ridículo! Dia da vovó... (ri)
MARTA – Pois bem... Eu vou ler a terceira tentativa. A última tentativa. Ouçam, por favor. (começa a ler)”Mamãe,
eu era tão pequena quando te vi pela primeira vez... Os teus braços macios e quentes acolhiam o meu
pequenino corpo... E depois, mamãe... E depois... Oh, não, mamãe, não é isso que eu quero te dizer... Não
quero copiar palavras de outras crianças. Eu preciso dizer coisas que não foram ditas, porque seriam só minhas
e só tuas... Mas eu não as tive, mamãe. Nada me destes, mamãe. Nenhuma lembrança... Só uma saudade
inteira e uma certeza da tua ausência para sempre... Eu era tão pequena, mamãe... (começa a chorar) Como eu
posso falar sobre ti se nem ao menos conheci teu sorriso?”
LÚCIA (abraça Marta) – Perdoa, Marta. Nós não sabíamos...
SIMONE (para a platéia) – A nossa estória é triste. Mas ela demonstra o valor do nosso mais querido amor.
Aquele que não pode ser substituído, porque é o único em toda a nossa vida.
LÚCIA – À todas as mamães do mundo erguemos uma prece. Uma prece de amor e gratidão.
MARTA – E a nossa homenagem não ficará restrita a uma festa, aos discursos, mas ao carinho e a dedicação
que possamos oferecer, dia a dia, em qualquer lugar, sempre. A cada mamãe, presente ou ausente, o nosso
beijo de amor eterno.
F I M
Nota: este texto pode ser apresentado em ambientes escolares, livremente, sem pagamentos de taxas a título
de Direitos Autorais. Trata-se de texto didático.
A única exigência que se faz é que, ao ser apresentado, seja divulgada à platéia a importância do Teatro
Educativo na formação integral da criança.
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