Imagem da lateral da busca
Limpa os float da busca

Dia das Crianças No CEBEC

Fotos

Fotos

O "Qualidade" Na TV

Peças de teatro Infantil

O PLANETA DO SORRISO
Teatro Infantil de Roberto Villani
Cenário: Um quarto de brinquedos.
PERSONAGENS:
1º ASTRONAUTA
2º ASTRONAUTA
PALHAÇO (de pano)
URSINHO (de pano)
BONECA (de pano)
CÃO
PRIMEIRO ATO
CENA 1 (1º e 2º ASTRONAUTAS)
As luzes acendem-se, iluminando totalmente o cenário. Não há ninguém. Depois, um ruído de foguete (pode ser
imitativo ao som dos aviões a jato) corta o silêncio. Instantes após, os dois astronautas aparecem.
1º ASTRONAUTA - Trouxe o equipamento?
2º ASTRONAUTA - Claro.
1º ASTRONAUTA- (Olhando para todos os cantos): Não esqueceu a máquina de fotografias?
2º ASTRONAUTA - (Seguindo os gestos do 1º): Lógico.
Continuam de um lado para o outro inspecionando.
1º ASTRONAUTA - É bem estranho este planeta.
2º ASTRONAUTA - É. Não se parece com nenhum dos outros planetas.
Continuam olhando para tudo, cuidadosamente.
2º ASTRONAUTA - Espere!
1º ASTRONAUTA - O que ?
2º ASTRONAUTA - Veja bem. Tudo isto é brinquedo.
1º ASTRONAUTA - Brinquedos iguais ao da Terra...
2º ASTRONAUTA - Incrível !
1º ASTRONAUTA - Será que aqui tem crianças ?
2º ASTRONAUTA - Claro, né, ou você pensa que os habitantes daqui nascem já adultos?
1º ASTRONAUTA - Tem razão.
2º ASTRONAUTA - Vou tirar fotografias.(Tira do cinto uma pequena máquina fotográfica).
1º ASTRONAUTA - (Aproxima-se do tricículo): Primeiro desta bicicleta.
2º ASTRONAUTA - (em posição de fotógrafo, exagerado): Isso não é uma bicicleta.
1º ASTRONAUTA - E o que é ?
2º ASTRONAUTA - Um tricículo.
1º ASTRONAUTA - Não vejo diferença.
2º ASTRONAUTA - (Fotografando): Bicicleta tem duas rodas.
1º ASTRONAUTA - Esta tem três... (Aproxima-se da boneca): Tire aqui, também.
2º ASTRONAUTA - (Aproxima-se da boneca) e tira fotografias): Igualzinha as da Terra.
1º ASTRONAUTA - Veja se consegue fotografar as flores daquele vaso.
2º ASTRONAUTA - (Fotografa as flores): São bonitas.
1º ASTRONAUTA - Agora, tire fotografias do lugar.
2º ASTRONAUTA - (Corre de um canto para outro, sempre exagerado nos movimentos tirando
fotografias).
CENA 2 ( ASTRONAUTAS E O CÃO)
CÃO - (Aparece sem notar a presença dos astronautas, que, ao vê-lo, ficam a um canto,
amedrontados e curiosos. Cantando e dançando, o cão entra em cena.):
- 1 -
Crianças, criancinhas,
vamos todos já cantar,
vamos das muitos sorrisos (OBS.: Esta letra deve ser
para a vida alegrar. Cantada com a música da
"Ciranda, Cirandinha...").
Sorriso é coisa boa
E não custa nada não,
Um sorriso a toda hora
satisfaz ao coração.
1º ASTRONAUTA - (Tentando aproximar-se) : Olá !
CÃO - (Assusta-se): Quem são vocês ?
2º ASTRONAUTA - (Seguindo o 1º): Visitantes amigos...
CÃO - Não acredito. Vou chamar meus amiguinhos...
1º ASTRONAUTA - Não tenha medo.
CÃO - Tenho sim. Com licença... (Sai correndo).
1º ASTRONAUTA - Esquisito, não?
2º ASTRONAUTA - Parecido com os cães lá da Terra.
1º ASTRONAUTA - Só que esse fala.
2º ASTRONAUTA - Fala mesmo. E canta...
1º ASTRONAUTA - E dança...
2º ASTRONAUTA - Engraçado... Fotografou tudo?
1º ASTRONAUTA - Quem está com a máquina é você.
2º ASTRONAUTA - Onde ?
1º ASTRONAUTA - Na sua mão, bobalhão.
2º ASTRONAUTA - É mesmo e eu não fotografei...
1º ASTRONAUTA - Devia ter feito.
2º ASTRONAUTA - O que?
1º ASTRONAUTA - As fotografias, ora.
2º ASTRONAUTA - Esqueci. Fiquei tão surpreso...
1º ASTRONAUTA - Gravou pelo menos ?
2º ASTRONAUTA - Nem um pouco.
1º ASTRONAUTA - Eu sabia...
2º ASTRONAUTA - Então porque perguntou?
1º ASTRONAUTA - Bolas!
2º ASTRONAUTA - Que faremos agora?
1º ASTRONAUTA - Continue fotografando.
2º ASTRONAUTA - Enquanto estamos vivos.
1º ASTRONAUTA - Por que diz isso?
2º ASTRONAUTA - Devem ser mutantes. Estão disfarçados de cachorro, brinquedos...
1º ASTRONAUTA - O que é mutante?
2º ASTRONAUTA - Você é um astronauta. Devia saber.
1º ASTRONAUTA - Esquece que dei uma cabeçada quando descemos?
2º ASTRONAUTA - E daí ?
1º ASTRONAUTA - Esqueci muita coisa...
2º ASTRONAUTA - Mutante é gente que se transforma.
1º ASTRONAUTA - Pra que?
2º ASTRONAUTA - (Volta a fotografar): Ora, esqueça!
1º ASTRONAUTA - Precisamos de provas. (Abrindo os braços): Ninguém vai acreditar na nossa
história...
CENA 3 (TODOS)
Entram em cena o palhaço, o Ursinho, a Boneca e volta o Cão. Estavam atrás dos outros,
demonstrando medo.
- 2 -
PALHAÇO - Olá, Senhores!
1º ASTRONAUTA - Olá! (Aproxima-se): Você parece não ter medo.
PALHAÇO - A minha experiência me dá coragem...
BONECA - Se tivéssemos medo, não estaríamos aqui.
2º ASTRONAUTA - Ela é inteligente, pelo jeito.
1º ASTRONAUTA - Mas afinal, quem são vocês?
PALHAÇO - Brinquedos, não vê?
1º ASTRONAUTA - (Confuso) : Sim, sim... Mas, que planeta é este?
URSINHO - Não sabem?
2º ASTRONAUTA - Estamos perdidos no espaço...
CÃO - (Ainda escondido atrás dos outros): Acho que esses caras são piratas.
PALHAÇO - (Para o cão): Ora, não seja bobo.
1º ASTRONAUTA - Ainda não disseram que planeta é este.
Fazendo roda, o Palhaço, a Boneca, o Ursinho e o Cão cantam:
"Somos do planeta rosa-sa,
O planeta-ta do sorriso-so, (Letra para ser cantada a
Quem quiser brincar co'a gente-te, música de "Atirei um pau
O sorriso, o sorriso é preciso". no gato").
"No planeta sorriso
Só existe criança (Música de "A canoa virou")
e a alegria deste mundo
só nos traz muita esperança".
"Somos do planeta rosa-as,
o planeta-ta do sorriso-so. (Repetição do primeiro verso).
quem quiser brincar co'a gente-te,
o sorriso, o sorriso é preciso".
2º ASTRONAUTA - (Consulta um mapa, que tira do bolso): Não há indicação.
1º ASTRONAUTA - Veja na galáxia número Z-334.
2º ASTRONAUTA - Não há nada.
1º ASTRONAUTA - (Tira, grosseiro, o mapa das mãos do 2º AST.): Você é burro! (Olha atentamente
para o mapa): É mesmo... Não há indicação.
URSINHO - O que é que vocês estão procurando? Nesse papel?
1º ASTRONAUTA - (Ainda olhando para o mapa): Isto não é um papel.
CÃO - Parece um papel.
2º ASTRONAUTA - É um mapa. O mapa das galáxias...
PALHAÇO - E esse... mapa, é feito no que?
1º ASTRONAUTA - No papel, ora...
CÃO - Então, é um papel.
2º ASTRONAUTA - Bolas! Vocês não vêem que estamos preocupados?
PALHAÇO - Preocupados ? Por favor, essa palavra aqui é proibida.
1º ASTRONAUTA - A verdade é que estamos perdidos.
BONECA - O que vocês tanto procuram nesse papel, afinal?
2º ASTRONAUTA - Isto não é um pa... Ora!
1º ASTRONAUTA - Procuramos o planeta do sorriso.
PALHAÇO - Ora, ora... O planeta do sorriso não existe nos mapas de papel.
2º ASTRONAUTA - Não ? Então em que mapa ele existe ?
URSINHO - No mapa dos corações.
Os brinquedos e o cão cantam:
"No planeta do sorriso
Só existe criança ( "A canoa virou").
A alegria deste mundo
- 3 -
Só nos trás muita esperança".
1º ASTRONAUTA - Na verdade, não sabemos onde estamos.
2º ASTRONAUTA - Nosso módulo quebrou e caímos aqui...
URSINHO - O que é módulo?
1º ASTRONAUTA - Módulo é um aparelho... Bem, é um foguete.
2º ASTRONAUTA - É o foguete que nos trouxe aqui.
PALHAÇO - Aquele que está lá fora?
1º ASTRONAUTA - Sim, é aquele.
CÃO - De onde vocês vieram?
2º ASTRONAUTA - Dum planeta chamado Terra.
BONECA - Já ouvi falar.
1º ASTRONAUTA - Fica longe à bessa.
BONECA - As vezes, quando se pensa estar muito longe, na realidade estamos tão perto que não
percebemos.
1º ASTRONAUTA - Que quer dizer?
PALHAÇO - Esqueça, senhor. Essa menina só fala complicado.
URSINHO - Afinal, o que aconteceu com o foguete?
2º ASTRONAUTA - Os computadores falharam.
CÃO - Que é isso?
1º ASTRONAUTA - O que se chama cérebro eletrônico.
2º ASTRONAUTA - Máquinas que pensam melhor que os homens.
URSINHO - Quem inventou esse cérebro humano?
1º ASTRONAUTA - Não sei bem o nome...
BONECA - Foi outra máquina ?
1º ASTRONAUTA - Não, não ... Foi um homem.
PALHAÇO - Então, o homem pensa melhor que a máquina.
1º ASTRONAUTA - É, acho que tem razão.
BONECA - Ainda bem que não temos por aqui, computadores.
2º ASTRONAUTA - Pois se tivessem, viveriam melhor.
CÃO - Sem esse negócio, não corremos o risco de cairmos num planeta desconhecido.
URSINHO - Depois, não precisamos de muitos cálculos...
2º ASTRONAUTA - Bolas! Este planeta deve ser monótono e arcaico.
PALHAÇO - A beleza do nosso planeta é que não temos muitas coisas, mas sabemos dar valor ao
pouco que temos.
Pequena Pausa.
1º ASTRONAUTA - Podemos fazer um acordo?
PALHAÇO - Desde que seja bom...
1º ASTRONAUTA - Precisamos ficar algum tempo aqui.
2º ASTRONAUTA - Até consertarmos o nosso foguete.
1º ASTRONAUTA - Gostaríamos de estudar enquanto isso, o planeta de vocês.
BONECA - Sejam bem vindos.
CÃO - Posso ver?
1º ASTRONAUTA - O que ?
CÃO - O conserto do foguete.
2º ASTRONAUTA - Quer aprender?
CÃO - Não, exatamente...
1º ASTRONAUTA - (Gozando): Pretende fazer um igual?
CÃO - Não é bem isso. Quero ver porque vocês julgam as máquinas mais inteligentes que o homem.
PALHAÇO - Não brinque com coisas sérias, Cão.
1º ASTRONAUTA - (Mudando de assunto): temos um plano de trabalho.
BONECA - Diga, então.
1º ASTRONAUTA - É o seguinte: pela manhã, consertamos o foguete. À tarde, conversamos com vocês.
2º ASTRONAUTA - Precisamos de detalhes sobre este lugar.
URSINHO - Pra que detalhes?
2º ASTRONAUTA - Se não provarmos o que aconteceu, não acreditarão em nós.
- 4 -
BONECA - Como é diferente o nosso mundo. Aqui, basta a palavra de cada um.
1º ASTRONAUTA - Então, o que dizem do plano?
PALHAÇO - Aprovo. (Para os outros): E vocês?
A boneca, o ursinho e o cão, de frente para o público, dançando de braços entrelaçados,
cantam:
"Se este plano, se este plano fosse meu,
eu faria, eu faria alteração. (Música de : "Se essa
Deixaria o foguete bem quebrado rua fosse minha").
E faria deste mundo o meu torrão".
1º ASTRONAUTA - Afinal, está ou não aprovado?
OS BRINQUEDOS - Sim !
Pequena Pausa.
URSINHO - Vocês repararam uma coisa?
PALHAÇO - Não...
BONECA - O que?
URSINHO - Não fizemos as apresentações.
TODOS - É mesmo...
AS LUZES SE APAGAM , TOTALMENTE.
CENA 4 (Palhaço, Boneca, Ursinho e o Cão)
Quando a luz retorna, os dois astronautas não mais estão em cena.
Os participantes desta cena estão sentados, espalhados pelo cenário.
PALHAÇO - Temos que ver se eles são aproveitáveis.
BONECA - Precisamos Ter certeza.
URSINHO - Seriam bons companheiros para nós e para nossas crianças.
CÃO - Agiremos de modo que eles não percebam.
URSINHO - É preciso muito cuidado.
BONECA - Se eles notarem as nossas intenções, ficarão zangados.
Todos cantam:
"Eu fui no Itororó
procurar bom companheiro
Achei dois astronautas
Dum planeta estrangeiro
(Música de "Eu fui no
Acredite criançada Itororó").
Astronauta não é coisa nova
é valente como homem
e a vida põe a prova".
URSINHO - Onde estarão agora?
PALHAÇO - Ainda consertando o foguete.
URSINHO - Ontem eu vi. Estava quase pronto.
BONECA - Chiii! E se eles terminarem hoje?
PALHAÇO - O que tem?
BONECA - Irão embora...
PALHAÇO - Não há perigo.
BONECA - Como não? E o nosso plano?
URSINHO - Se eles terminarem o conserto, vão-se daqui...
PALHAÇO - O Cão fez um bom serviço.
- 5 -
CÃO - (Orgulhoso): O que seria de vocês sem o mestre cão...
URSINHO - Sai, sai... O que fez você, sabichão?
CÃO - Por que vocês acham que eu queria vê-los consertar o foguete?
Hein, por que?
URSINHO - Sei lá...
CÃO - Para isto! (tira do bolso - esse cão tem bolso, mesmo - uma peça metálica).
BONECA - Que é isso? (Está curiosa como os outros).
CÃO - O que é exatamente, não sei. Mas que vai fazer falta ao foguete, isso vai.
BONECA - Tem certeza?
CÃO - Claro. Enquanto eu não entregar isto, eles não subirão.
PALHAÇO - Coitadinhos... Eu tenho pena deles.
BONECA - Eu também.
URSINHO - Todos nós temos pena deles. Mas afinal, é para o bem do nosso plano.
CÃO - Talvez, depois do nosso plano, eles sejam mais felizes...
URSINHO - Psiu! Aí vem eles.
CENA 5 - TODOS
Os dois astronautas entram em cena, cantando:
"Nós somos dois astronautas,
Num vôo quase perfeito, (Letra para ser cantada com
Agora estamos perdidos, a música de: "Chiquinho caiu
O foguete deu defeito". No poço").
1º ASTRONAUTA - (Pensativo)Não sei como é possível...
2º ASTRONAUTA - (Cabisbaixo, acompanha os gestos dos primeiro)Tudo ia tão bem...
PALHAÇO - (Aproxima-se dos astronautas): Aconteceu alguma coisa?
1º ASTRONAUTA - Sim... Verificamos os controles remotos.
2º ASTRONAUTA - As válvulas de comando.
1º ASTRONAUTA - Os ejetores de combustíveis.
2º ASTRONAUTA - Os controles manuais.
1º ASTRONAUTA - As programações eletrônicas.
2º ASTRONAUTA - Os circuitos de freqüência.
URSINHO - Puxa, quanta coisa!
BONECA - É preciso ser muito inteligente para ser astronauta.
CÃO - (Vaidoso): Eu serviria para ser astronauta.
URSINHO - Ninguém está perguntando pelas suas qualidades.
PALHAÇO - (Para os astronautas): E não encontraram o defeito?
1º ASTRONAUTA - Ontem estava tudo praticamente arrumado.
2º ASTRONAUTA - Hoje, nada dá certo.
1º ASTRONAUTA - Parece que falta alguma coisa no foguete... ( o Cão dá um sorriso irônico).
BONECA- São coisas que acontecem...
URSINHO - Logo, logo, vocês descobrem o que aconteceu de errado.
CÃO - (Virando-se para o público): Deus me livre!
2º ASTRONAUTA - (Para o cão): Falou alguma coisa?
CÃO - Ah!? Oh sim... Eu disse: Deus queira.
PALHAÇO - Bem... já estamos no período da tarde...
1º ASTRONAUTA - Sim, é hora do nosso bate papo.
2º ASTRONAUTA - Hora de conseguirmos provas.
BONECA - Para isso, temos uma amostra do nosso planeta.
URSINHO - Vamos dar para vocês.
2º ASTRONAUTA - Magnífico, ótimo !
URSINHO - (Vai a um caixote e pega uma pedra brilhante):Vejam, é isto.
1º ASTRONAUTA - (Apanha a pedra e examina-a): É bonita. E como brilha!
PALHAÇO - É uma pedra mágica.
2º ASTRONAUTA - (Até então indiferente, corre para vê-la de perto):Mágica!?
CÃO - Sim, é mágica. É a pedra do sorriso.
1º ASTRONAUTA - Do sorriso?
- 6 -
BONECA - Só existe neste mundo.
PALHAÇO - Quem tiver a pedra do sorriso, nunca sofre de tristeza.
2º ASTRONAUTA - É verdade?
URSINHO - Claro. Voc6es não vêem que nós não temos tristeza?
1ºASTRONAUTA - Há ocasiões em que a gente tem que ficar triste...
CÃO - Como assim?
1º ASTRONAUTA - Por exemplo: Se algo sai errado para nós, que nos faça sofrer, sentimos tristeza.
BONECA - Todo mal encerra um bem.
PALHAÇO - Nós procuramos encontrar na tristeza algum coisa que nos faça sorrir. Não é engraçado?
2º ASTRONAUTA - (Gozador) Muito, muito...
URSINHO - É a pedra do sorriso que faz isso.
1º ASTRONAUTA - Vocês tem muitas pedras do sorriso?
PALHAÇO - Não muitas. É coisa rara, como ouro na terra de vocês.
2º ASTRONAUTA - Como vocês sabem do ouro da nossa terra?
PALHAÇO - Nós temos uma fada que nos conta tudo.
1º ASTRONAUTA - Sabe, sinceramente não acredito nessa história de pedra mágica.
CÃO - Quer uma prova?
1º ASTRONAUTA - Quero.
2º ASTRONAUTA - Uma prova que me convença também.
BONECA - Pois bem. Esta pedra é de vocês.
1º ASTRONAUTA - E daí?
BONCECA - Agora vocês tem a pedra. A tristeza vai acabar.
2º ASTRONAUTA - Continuo não acreditando.
PALHAÇO - Espere um pouco e verão.
Pequena pausa.
1º ASTRONAUTA - (Raciocinando): Sabem, acho que o defeito do foguete não é tão grande.
2º ASTRONAUTA - Não deve ser...
1º ASTRONAUTA - Pensando bem, até que esse defeito foi bom.
2º ASTRONAUTA - É mesmo. Assim podemos conhecer o planeta do sorriso.
1º ASTRONAUTA - Um lugar desconhecido...
2º ASTRONAUTA - E que nós descobrimos.
Os astronautas cantam:
"Estou no planeta rosa-as, (Letra para ser cantada
o destino-no assim quis, quis, quis, com a música de "Atirei
Embora perdido-do o pau no gato").
Eu me sinto, eu me sinto bem feliz".
1º ASTRONAUTA - Estamos contentes, engraçado.
2º ASTRONAUTA - Não estamos mais tristes.
BONECA - É a pedra do sorriso.
URSINHO - Ela não falha.
Todos formam uma roda e cantam:
"Somos do planeta rosa-sa,
o planeta-ta do sorriso-so ("Atirei um pau no gato")
Quem quiser brincar co'a gente-te
O sorriso, o sorriso é preciso".
"No planeta sorriso
só existe criança ("A canoa virou")
e a alegria deste mundo
só nos trás muita esperança".
- 7 -
"Somos do planeta rosa-sa
do planeta-ta do sorriso-so
Quem quiser brincar co'a gente-te
O sorriso, o sorriso é preciso".
Desfaz a roda.
1º ASTRONAUTA - Vocês poderiam dar muitas pedras do sorriso para nós?
PALHAÇO - Pra que? Uma só já basta.
2º ASTRONAUTA - (confuso): Bem... nós a levaremos como prova...
1º ASTRONAUTA - Poderemos perder a única que temos...
URSINHO - Não perderão, precisam dela.
BONECA - Quando nós precisamos de alguma coisa e a conseguimos, cuidamos da sua
Segurança.
1º ASTRONAUTA - (Fala ao 2º): Vamos concordar, (fale baixinho): Depois, descobriremos onde
estão as outras pedras. (para o grupo): Vocês tem razão. Afinal, uma já
nos basta.
CÃO - (Para os brinquedos): Eles são bem compreensíveis.
2º ASTRONAUTA - Onde estão os adultos deste planeta?
PALHAÇO - No planeta do sorriso não há adultos. Só crianças;
1º ASTRONAUTA - Bem, as crianças crescem...
URSINHO - Aí, vão-se embora.
2º ASTRONAUTA - Para onde eles vão?
BONECA - Para os outros mundos...
PALHAÇO - Quem sabe, para a terra de vocês...
1º ASTRONAUTA - Confesso que não entendo nada.
CÃO - É muito difícil para os grandes entenderem o planeta do sorriso.
BONECA - É por isso que eles se vão daqui.
2º ASTRONAUTA - Bem... e as crianças? Onde estão?
Os brinquedos e o cão cantam:
"Ciranda, cirandinha,
respondo à indagação:
as crianças só existem
dentro do meu coração".
1º ASTRONAUTA - Bolas! Este lugar é muito confuso.
2º ASTRONAUTA - (Para o 1º): Vamos voltar ao foguete?
1º ASTRONAUTA - Boa idéia. Talvez consigamos desta vez.
2º ASTRONAUTA - Com licença, senhores.
BONECA - À vontade.
SEGUNDO ATO
CENA 1 (ASTRONAUTAS)
Os dois astronautas estão sozinhos em cena. Procuram as pedras.
A movimentação de ambos é de quem procura desesperadamente alguma
Coisa.
1º ASTRONAUTA - Deveriam estar neste caixote. (Remexe no interior do caixote).
2º ASTRONAUTA - Acho que estão noutro lugar. Aí só estava a nossa amostra.
1º ASTRONAUTA - Essas pedras tem valor muito grande.
2º ASTRONAUTA - Na Terra, vai ser mina de ouro.
1º ASTRONAUTA - Claro. Já pensou a gente vender a felicidade?
2º ASTRONAUTA - Será que na Terra isso funciona?
- 8 -
1º ASTRONAUTA - A venda das pedras?
2º ASTRONAUTA - Não. A mágica.
1º ASTRONAUTA - É lógico! Funciona em qualquer lugar.
(Continuam procurando)
1º ASTRONAUTA - Onde será que eles as guardam ?
2º ASTRONAUTA - Sei lá! O negócio é a gente ir procurando.
1º ASTRONAUTA - Procure do outro lado.
2º ASTRONAUTA - (Indo para o outro lado): Como vamos levar?
1º ASTRONAUTA - No foguete, ora.
2º ASTRONAUTA - No foguete não podemos levar mais que trinta quilos de amostra.
1º ASTRONAUTA - e daí?
2º ASTRONAUTA - Eles devem Ter uns cincoenta quilos dessas pedras.
1º ASTRONAUTA - Não faz mal. Melhor...
2º ASTRONAUTA - Melhor! Não subiríamos com tanto peso.
1º ASTRONAUTA - Daremos um jeito. Deixaremos algumas coisas...
2º ASTRONAUTA - (Surpreso): Deixaremos o que?
1º ASTRONAUTA - Algumas coisas.
2º ASTRONAUTA - Por exemplo.
1º ASTRONAUTA - O gravador, a máquina de fotografia, o aparelho de pesquisas do solo...
Só estes tem quinze quilos.
2º ASTRONAUTA - (De mãos à cintura): Isso é absurdo!
1º ASTRONAUTA - Então vá pesá-lo.
2º ASTRONAUTA - Pesar o que?
1º ASTRONAUTA - O aparelho de pesquisas.
2º ASTRONAUTA - Não é isso. Absurda é a idéia de deixarmos o equipamento.
1º ASTRONAUTA - O que é mais absurdo: deixarmos o equipamento ou deixarmos as pedras que
valerão milhões?
2º ASTRONAUTA - Mas, entenda... Bem... É, você tem razão...
1º ASTRONAUTA - Onde será que eles as esconderam?
2º ASTRONAUTA - Devem estar por aí...
CENA 2 (Astronautas e o Ursinho)
Ursinho entra na ponta dos pés, surpreendendo os astronautas.
URSINHO - Procuram alguma coisa?
1º ASTRONAUTA - (Assusta-se): Oh! Não ...
URSINHO - Como, não?
1º ASTRONAUTA - Isto é, sim...
2º ASTRONAUTA - (Confuso): Procuramos as... as...
1º ASTRONAUTA - Cale-se! Procuramos... Sim, procuramos a nossa máquina de fotografias.
2º ASTRONAUTA - Sim, a máquina.
URSINHO - Mas não é essa que está na sua cintura? (Fala ao 2º Astronauta).
2º ASTRONAUTA - Ah, é mesmo... Está aqui comigo...
1º ASTRONAUTA - Não, não é isso que estamos procurando. É o gravador.
2º ASTRONAUTA - Isso mesmo, o gravador.
URSINHO - O gravador está no foguete.
1º ASTRONAUTA - No foguete!
2º ASTRONAUTA - Como sabe?
URSINHO - Vim de lá agora.
1º ASTRONAUTA - (Encabulado) Está lá, é? E a gente procurando, procurando...
URSINHO - Coisas da vida, geralmente, quando as coisas estão bem perto de nós é quando não
as encontramos.
2º ASTRONAUTA - Tem razão, tem razão.
URSINHO - Pensei que estivessem procurando as pedras...
1º ASTRONAUTA - Nós? Oh não...
- 9 -
2º ASTRONAUTA - Nem pense nisso.
1º ASTRONAUTA - Não seríamos capazes de...
2º ASTRONAUTA - É, não seríamos.
URSINHO - Que pena. Eu estava com vontade de ajudá-los...
1º ASTRONAUTA - (Aproxima-se, juntamente com o 2º, do Ursinho): Estava, é? E para que, heim?
URSINHO - Para encontrar o que procuravam...
2º ASTRONAUTA - Ora.
1º ASTRONAUTA - (Procura palavras, ardilos, notando certas ingenuidades no Ursinho):
Ursinho, você é nosso amigo, não?
URSINHO - Podem acreditar, eu sou.
1º ASTRONAUTA - Então, compreenderá o que vou dizer, não?
URSINHO - Farei o possível.
1º ASTRONAUTA - Bem, o caso é muito sério (Coloca o braço sobre o ombro do Ursinho):
Nós estamos tristes.
2º ASTRONAUTA - (Dramático): Quanta tristeza há em nossos corações.
URSINHO - Não pode ser. E a pedra do sorriso?
1º ASTRONAUTA - Nós somos do outro planeta. A pedra não faz efeito...
2º ASTRONAUTA - (Começa a chorar de propósito): Oh, que tristeza...
URSINHO - Puxa, que posso fazer?
1ºASTRONAUTA - Dê-nos as pedras.
URSINHO - Todas?
1º ASTRONAUTA - Sim, todas.
URSINHO - Mas, elas nos farão falta...
2º ASTRONAUTA - Vocês encontrarão outras. Deve haver muitas ainda.
URSINHO - Não tem mais. Procuramos tudo por aqui.
1º ASTRONAUTA - Se você não nos disser onde elas estão, morreremos de tristeza.
2º ASTRONAUTA - Ficaremos duros, como estátuas, geladinhos.
URSINHO - (Pensativo): Deixe-me pensar... Não suportamos a dor alheia.
1º ASTRONAUTA - Então, ajude-nos.
2º ASTRONAUTA - (Dramático): Ai, que dor!
URSINHO - Bem vá lá! Se é para a salvação de vocês, dou-lhe as pedras.
1º ASTRONAUTA - (Esfregando as mãos): Ótimo, onde estão?
URSINHO - Logo aqui. (Dirige-se para um canto do cenário).
Os astronautas o acompanham.
URSINHO - (Apanha um saco, cheio de pedras): Estão aqui. Tomem-nas, são de vocês...
Mas com uma condição.
2º ASTRONAUTA - Aceitamos.
1º ASTRONAUTA - Cale-se! Nem sabemos qual é a condição...
URSINHO - Bem... A condição é a seguinte: dou as pedras, mas vocês ficarão morando conosco.
Os astronautas olham-se surpresos.
2º ASTRONAUTA - Nós não podemos...
1º ASTRONAUTA - Temos família, lá na Terra.
URSINHO - Vocês iriam visitar as famílias, ora.
1º ASTRONAUTA - Como? Está tão longe...
URSINHO - Vocês estão perto da Terra.
ASTRONAUTAS - P E R T O ?!
URSINHO - Bem... É modo de dizer.
1º ASTRONAUTA - Ah, bom...
2º ASTRONAUTA - Acho que não podemos aceitar.
1º ASTRONAUTA - (Faz um sinal ao 2º): Claro que podemos. Ficaremos no planeta do sorriso.
2º ASTRONAUTA - Oh. Sim... Ficaremos (exagerado): Este planeta é tão lindo...
URSINHO - (Contente): Prometem?
ASTRONAUTAS - Prometemos.
URSINHO - (Entrega o saco de pedras aos astronautas): São de vocês.
- 10 -
Os Astronautas saltam e cantam:
"Nosso amigo é o Ursinho,
Ursinho muito bondoso,
nos deu todas as pedras,
vai ficar muito famoso. (Música de: "Chiquinho caiu
no poço").
A fama é coisa importante,
Ursinho mostrou Ter siso.
Vai ser o mais importante
Do planeta do sorriso".
URSINHO - Posso dizer aos outros que vocês ficarão?
1º ASTRONAUTA - Vá correndo, amigo.
URSINHO - (Eufórico): Então, até já. (Sai)
1º ASTRONAUTA - Assim que consertarmos o foguete, damos o fora.
AS LUZES SE APAGAM, TOTALMENTE.
CENA 3 (Palhaço, Boneca e o Cão)
Quando a luz retorna, o palhaço, a Boneca e o Cão estão sentados, no chão.
Estão tristes.
PALHAÇO - Acho que não deu certo.
BONECA - Eles não passam um minuto com a gente.
CÃO - A minha vontade é devolver a peça do foguete.
BONECA - Eles mentiram para a gente. Não ficarão aqui.
PALHAÇO - Assim que consertarem o foguete vão-se daqui.
CÃO - Estou com vontade de chorar.
PALHAÇO - Sem as pedras não conseguiremos ficar alegres.
BONECA - Eles iludiram o pobre Ursinho...
CÃO - Tenho pena do Ursinho. Está mais triste que nós.
PALHAÇO - Julga-se um criminoso.
BONECA - Teria acontecido a qualquer um de nós.
CÃO - Será que eles acham as pedras mais importantes que nós?
BONECA - Acho que sim.
PALHAÇO - Não valemos nada para eles.
Tristes, todos cantam, em ritmo lento:
"Ciranda, cirandinha,
acabou-se a beleza.
O planeta do sorriso
é agora só tristeza".
Ficam por instantes, em silêncio.
CENA 4 (Todos da cena anterior e o Ursinho)
Ursinho entra, cabisbaixo. Aproxima-se dos outros.
URSINHO - Não saem do foguete. Tentam consertá-lo.
PALHAÇO - Não deu certo nosso plano.
URSINHO - Não largam um minuto as pedras.
BONECA - E a gente aqui, tristes.
- 11 -
CÃO - Acho melhor devolver a peça.
PALHAÇO - É o remédio mais honesto.
BONECA - Não é nossa. Não temos o direito.
URSINHO - Não devíamos Ter feito isso.
PALHAÇO - Tentamos prendê-los aqui por meio de uma armadilha.
CÃO - Roubamos a peça do foguete e perdemos as pedras.
PALHAÇO - Eles deveriam Ter decidido se ficariam ou não.
BONECA - Não tínhamos o direito de obrigá-los.
URSINHO - É por isso que estamos tristes. Erramos.
CÃO - Fomos egoístas demais.
PALHAÇO - Somos egoístas. Que horror!
BONECA - Que dirão as nossas crianças, meu Deus.
CÃO - O lugar deles é na Terra.
BONECA - Queríamos roubá-los só para nós. Que lástima!
URSINHO - como estamos errados.
O Cão canta
"A tristeza nasceu
por deixa-la nascer. ("A canoa virou")
Foi por causa do egoísmo
Que isto foi acontecer".
Pequena pausa.
O Cão vota a cantar:
"Somos do planeta rosa-sa,
o planeta-ta do sorriso-so. ("Atirei o pau no gato")
A alegria minha gente-te
No instante, no instante é preciso".
TODOS - E o que fazer?
O Cão volta a cantar:
"Crianças, criancinhas,
vamos todos já cantar. ("Ciranda, cirandinha")
Vamos dar muitos sorrisos
Para a vida alegrar".
PALHAÇO - (Alegre): Vamos devolver a peça do foguete?
TODOS - Vamos!
PALHAÇO - Vamos esquecer a tristeza?
TODOS - Vamos!
PALHAÇO - Vamos voltar a sorrir?
TODOS - Vamos!
Todos fazem rodam e cantam:
"Sorriso é coisa boa
e não custa nada não, ("Ciranda, cirandinha")
um sorriso a toda hora
satisfaz ao coração".
CENA 5 (Todos)
Os Astronautas chegam.
- 12 -
1º ASTRONAUTA - Quanta alegria!
2º ASTRONAUTA - Comemoração?
PALHAÇO - Sim.
CÃO - Consertamos nosso orgulho.
2º ASTRONAUTA - E nós não consertamos o foguete.
BONECA - Isso já não é mais problema.
1º ASTRONAUTA - É o que vocês pensam.
URSINHO - Não vão ficar conosco?
2º ASTRONAUTA - Que? Ah, sim... Vamos....
PALHAÇO - Então para que o foguete?
1º ASTRONAUTA - (Mostra-se triste): Bem... Talvez um dia...
PALHAÇO - Perdoem-nos. Nós... nós erramos.
2º ASTRONAUTA - Ora, ora. Perdoar o que?
BONECA - Queríamos vocês só para nós...
CÃO - Nunca os deixaríamos partir.
1º ASTRONAUTA - Bobagem... Afinal, o nosso trato...
URSINHO - Trato feito contra a vontade de vocês.
BONECA - Depois, Vocês fugiriam assim que pudessem.
2º ASTRONAUTA - (Encabulado): Sim, é verdade. Jamais cumpriríamos o acordo.
1º ASTRONAUTA - Temos família, sabe? Filhos... Crianças como as que brincam com vocês...
2º ASTRONAUTA - Faz muito tempo que não as vemos...
1º ASTRONAUTA - Morremos de saudades.
PALHAÇO - Vamos ajudá-los a consertarem o foguete.
ASTONAUTAS - Como?!
CÃO - Tomem. (entrega a peça): É a peça que falta. Eu a tirei do foguete.
Os Astronautas fazem um gesto de alívio.
BONECA - Perdoem-nos.
1º ASTRONAUTA - Ora, o perdão deve ser mútuo.
2º ASTRONAUTA - Queríamos roubar as pedras de vocês.
URSINHO - Podem levar. Nós as damos.
1º ASTRONAUTA - E a alegria? Sem elas...
PALHAÇO - Elas não nos fazem falta. No planeta sorriso, a alegria é permanente.
BONECA - Notamos isso há pouco.
CÃO - Quando resolvemos consertar nosso erro.
URSINHO - Percebemos que a pedra do sorriso nada mais é do que a honestidade.
1º ASTRONAUTA - Nós sentimos também isso.
2º ASTRONAUTA - Reconhecemos que a nossa missão é mais importante do que todo ouro do mundo.
1º ASTRONAUTA - Por instante, pensamos só em nós. Mas, a nossa Terra precisa mais das nossas
pesquisas do que nós precisamos do dinheiro, da fortuna...
2º ASTRONAUTA - A vida na Terra, futuramente dependerá das viagens do homem aos céus...
1º ASTRONAUTA - E o nosso planeta, a Terra, necessita mais da nossa honestidade do que nós
do nosso orgulho.
PALHAÇO - Estamos envergonhados.
2º ASTRONAUTA - Não se lastimem. São puros, como puras são todas as crianças de todos os lugares.
1º ASTRONAUTA - Adeus amigo. Não os esqueceremos, nunca.
TODOS - Adeus!
Os Astronautas partem.
ULTIMA CENA - Os Brinquedos e o Cão.
BONECA - São bons.
PALHAÇO - São astronautas, homens quase perfeitos.
CÃO - Quase? Não são perfeitos?
PALHAÇO - A perfeição é divina, não humana.
- 13 -
URSINHO - Será que eles descobriram onde fica o planeta do sorriso?
BONECA - Acho que não. Mas, algum dia...
PALHAÇO - Quando eles reverem os filhos, as crianças da Terra, compreenderão a verdade.
BONECA - Onde houver a alegria das crianças, onde houver a pureza do mundo infantil, lá,
nesse lugar, haverá um planeta sorriso.
URSINHO - O planeta do sorriso é o mundo das crianças.
CÃO - É o mundo do sonho, da fantasia, da felicidade.
Ouve-se ruídos do foguete, já de partida. Então, todos em roda
cantam:
"Somos do planeta rosa-sa
O planeta-ta do sorriso-so
Quem quiser brincar co'a gente-te
o sorriso, o sorriso é preciso
No planeta do sorriso
Só existe criança
e a alegria deste mundo
só nos traz muita esperança.
(Repetição do 1º verso).
F I M
- 14 -

0 comentários:

Postar um comentário

Home,Ministério,Agenda,Loja,Matérias,Links,Contatos